10 Sugestões De Vitória

20 Mar 2019 14:57
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<h1>Dez Dicas De Vit&oacute;ria</h1>

<p>Mar&iacute;lia P&ecirc;ra entrou num palco pela primeira vez em um cl&aacute;ssico: &quot;Medeia&quot;, de Eur&iacute;pides. Era crian&ccedil;a ainda. Foi preparada desde cedo pelos pais, os atores Manuel P&ecirc;ra e Dinorah Marzullo, pra ser atriz. Eu n&atilde;o me achava atraente. No comecinho da exist&ecirc;ncia, sim, no momento em que meus pais, Manuel P&ecirc;ra e Dinorah Marzullo, tamb&eacute;m atores, comungavam a resid&ecirc;ncia com o teatro e havia ali alguma harmonia.</p>

<p>Voc&ecirc; me pergunta se, para ser atriz, &eacute; necess&aacute;rio ter o dom no sangue. Bem, no meu caso, fui preparada por meu pai e minha m&atilde;e para entrar em cena. Minha primeira pe&ccedil;a foi Medeia, de Eur&iacute;pides. A companhia se chamava Os Artistas Unidos e era estrelada por uma atriz extraordin&aacute;ria, Henriette Morineau. N&oacute;s todos a cham&aacute;vamos de madame Morineau e sent&iacute;amos por ela uma mistura de amor e pavor.</p>

<ul>

<li>9 Liberdade de Expressao</li>

<li>Simpatia citou</li>

<li>Cad&ecirc; o dinheiro que tava por aqui</li>

<li>quatro O adult&eacute;rio pela B&iacute;blia 4.1 No catolicismo</li>

</ul>

<p>Era &quot;uma atriz tr&aacute;gica&quot;, em vista disso se dizia. Ela dirigia todos os espet&aacute;culos. As atrizes, antigamente, escolhiam o texto, produziam, dirigiam e estrelavam os espet&aacute;culos realizados por suas companhias de teatro. S&oacute; outras se arriscam a dirigir, hoje. Madame Morineau era tr&aacute;gica porque interpretava protagonistas s&eacute;rios, mulheres inquietas, misteriosas, doentes. Havia uma pe&ccedil;a que se chamava O Pecado Original, de Jean Cocteau, na qual ela interpretava uma mulher diab&eacute;tica que espetava a pr&oacute;pria coxa com inje&ccedil;&otilde;es de insulina.</p>

[[image http://www.loop.com.br/wp-content/uploads/2015/09/pessoa_relacionamento.png&quot;/&gt;

<p>Era um personagem que exigia muito esfor&ccedil;o f&iacute;sico e, ao desfecho de cada espet&aacute;culo, madame Morineau permanecia uns quarenta minutos meio &quot;desmaiada&quot;, se recuperando no camarim, antes de se parelhar e ganhar o p&uacute;blico que desejava cumpriment&aacute;-la. Essa atriz &quot;tr&aacute;gica&quot;, aos s&aacute;bados e domingos, &agrave;s 10 da manh&atilde;, colocava um nariz posti&ccedil;o, uma peruca preta desgrenhada, e se transformava na bruxa da pe&ccedil;a infantil &quot;O Casaco Encantado&quot;, de L&uacute;cia Benedetti.</p>

<p>Meu pai era o bruxo; minha m&atilde;e, a princesinha; e eu, o pajem do Rei. Acho que pecado era uma frase que interessava ao extenso p&uacute;blico: constava de 2 t&iacute;tulos de espet&aacute;culos de sucesso da data. Em &quot;Uma Avenida Chamada Pecado&quot;, n&atilde;o havia papel de menina. Eu n&atilde;o entrava, todavia assistia &agrave; encena&ccedil;&atilde;o todos os dias das coxias, territ&oacute;rio m&aacute;gico, minha escola de teatro.</p>

<p> IG Colunistas -Melhores Amigas, Por Daniela Barbosa - Apenas Pra Meninas interpretava Medeia. Meu pai, morto em Membro De MG Vence Simulador De A&ccedil;&otilde;es Com Valoriza&ccedil;&atilde;o De 362% , era Jas&atilde;o, marido de Medeia, e minha m&atilde;e interpretava &quot;o coro&quot; com algumas duas atrizes: Margarida Rey e Antoinette Morineau, filha de madame Morineau. Quando entrei em cena na primeira vez, n&atilde;o tinha consci&ecirc;ncia do que fazia, por&eacute;m fazia direitinho o que me mandavam. Tenho uma vaga lembran&ccedil;a de minha m&atilde;e colocando uma fita de cetim branco em redor de minha cabe&ccedil;a e me vestindo uma t&uacute;nica grega, tamb&eacute;m branca. Eu era um dos 2 filhos de Medeia.</p>

<p>Creio que foi meu pai quem me deu as primeiras sugest&otilde;es pra entrar em cena, ainda que a diretora fosse madame Morineau. Eu tinha que entrar pelas m&atilde;os de um ator mineiro chamado Jo&atilde;o Ceschiatti, ao lado do meu &quot;irm&atilde;o&quot;, o outro filho de Medeia. Epis&oacute;dios De 'Carinha De Anjo', De vinte e um A 25 De Novembro rampa no fundo do palco e os atores precisavam galg&aacute;-la para se tornarem percept&iacute;veis ao p&uacute;blico. Desir&eacute;e. Juvenal Tenta Encerrar A Discuss&atilde;o , e eu e meu &quot;irm&atilde;o&quot;, cada um de um lado. Essa rampa me parecia gigantesco, entretanto hoje, pensando a respeito, imagino que meu ponto de vista de criancinha aumentava sua extens&atilde;o.</p>

<p>Meus pais faziam cota dessa companhia de teatro que se apresentava em todo o Brasil com abundantes espet&aacute;culos. As pe&ccedil;as das quais eu participava eram &quot;Medeia&quot;, &quot;Frenesi&quot; e &quot;O Casaco Encantado&quot;. Acho que a toda semana se apresentava uma delas. Aos s&aacute;bados e domingos, pela manh&atilde;, encen&aacute;vamos &quot;O Casaco Encantado&quot; e havia algumas pe&ccedil;as das quais eu n&atilde;o participava. Meu pai era vinte e quatro anos mais velho do que minha m&atilde;e. Deste modo, no teatro, ele era a todo o momento marido ou amante de outras, sempre que minha m&atilde;e interpretava namorada de outros, ou criadinha sapeca, ou fazia cota do coro de fant&aacute;sticas.</p>

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